OAM discute melhor inserção da Mulher em congresso

A Ordem dos Advogados de Moçambique (OAM) está reunida na cidade da Beira no seu primeiro congresso da Mulher Advogada, com objectivo de contribuir na fortificação da justiça e na igualdade, que é aliás o tema do evento.
A OAM tem uma política de género há bastante tempo, entretanto foi considerada, pela agremiação, desajustadas a dinâmica actual do país, a inserção da mulher advogada no mundo jurídico e a necessidade de proteger os direitos das mesmas
“Quando falamos de igualdade é sempre reconhecendo a diferença dos géneros, mas falamos de igualdade ou equidade naquilo que é o acesso às oportunidades, no exercício da profissão. Os sexos masculino e feminino são diferentes. A mulher tem seus próprios desafios como mulher e como esposa, como mãe e como filha. Entretanto, há necessidade da ordem reconhecer esses desafios e encontrar formas de acautelar ou, pelo menos, mitigar estes desafios”, disse Thera Dai, responsável do pelouro de género da OAM
É neste primeiro congresso da mulher advogada que se pretende assegurar que não haja desistência e nem falta de motivação no meio das mulheres em continuar no exercício da advocacia.
O congresso foi antecedido por vários workshops no país envolvendo advogadas e advogadas estagiárias, assim como outras mulheres ligadas ao sistema de justiça.
“Para perceber que situações consubstanciam resistência ou dificuldade no exercício da sua profissão [referindo-se a mulher advogada]. Pelo que, estes workshops, estes webinars realizados não tinham como propósito apenas ouvir as colegas, mas terminar num processo como este congresso, que depois conduzirá a reestruturação daquilo que são os caminhos de mitigação destes desafios, bem como criação de documentos orientadores e, porque não, uma legislação que acomode estes desafios”, acrescentou.
Stela Santos, presidente do Conselho Provincial de Sofala, exortou as mulheres advogadas a contribuírem na preservação das conquistas até agora alcançadas.
“Porque num abrir e fechar de olhos, estas conquistas podem ser-nos tiradas, assim como todos os direitos, liberdades e garantias fundamentais, que tomamos como adquiridos. Por isso, é necessário que continuemos atentas, pois a violação dos direitos de uma, significa a violação dos direitos de todas”, reiterou.
O congresso vai discutir, entre outros temas, a inserção da mulher no mercado jurídico e promoção da equidade de género.