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Embaixada de Moçambique em Portugal condicionada pelos apagões 

O apagão que assolou Portugal, Espanha e outros países europeus inviabilizou o funcionamento normal da Embaixada de Moçambique em Lisboa. Devido à situação, houve interrupção da emissão de vistos e dos serviços notariais durante o dia de ontem.

Depois do apagão e consequente agitação, a situação tende a voltar à normalidade em Portugal, Espanha, França e outras zonas europeias. Até aqui, a situação não foi explicada.

Depois do desespero generalizado, as autoridades já começam a fazer o balanço dos prejuízos. Quem também não escapou é a Embaixada de Moçambique em Portugal.

“Para além da comunicação, que não era possível fazer nada e nem trabalhar na documentação, foi mais sentida na secção consular, no atendimento ao público. Porque não era possível fazer a emissão de vistos, não era possível fazer a captação de dados pelo Bilhete de Identidade (BI), pelo passaporte, pelo certificado de emergência, serviços notariais, e estes moçambicanos nem todos são de Lisboa. Muitos vêm de fora de Lisboa e até fora de Portugal. Vêm para regressar no mesmo dia, com as passagens já compradas, e isso criou algum constrangimento”, disse Stela Zeca, Embaixadora de Moçambique em Portugal. 

Localizado em Lisboa, o consulado moçambicano em Portugal atende diariamente uma média de 30 pessoas sem contar com situações de emergência. Com sinais de melhorias à vista, a assistência ao público será redobrada.

“Obviamente poderá haver alguma enchente, que são os casos de ontem, que não foram atendidos, e os casos de hoje ou, provavelmente, também poderá não haver, porque nem todos que vêm ao atendimento são agendados. Há situações de emergência que também temos estado a atender. Então, vamos tentar fazer a cobertura e atender todos os utentes que se fizerem a secção consular hoje, se as condições permitirem. Do nosso lado, estamos conscientes de que é preciso fazer este trabalho praticamente a duplicar, porque ontem não foi possível atender a todos”, acrescentou a embaixadora.

Espanha já afastou a possibilidade de se tratar de ataque cibernético, mas não se pode dizer o mesmo sobre Portugal que continua sem informações oficiais.

A representação de Moçambique em Portugal diz estar atenta à situação.

“Portanto, há muitas informações. Como o Conselho de Ministros vai reunir-se por volta das 11h30, eu acho que temos que esperar mesmo o pronunciamento do governo, senão podemos entrar em especulações. Hoje, o Conselho de Ministros vai reunir-se e creio que a informação que de lá sair é esta que deve ser partilhada e divulgada”, explicou.

Além de possibilitar comunicação e circulação de todo tipo de transporte, o apagão obrigou o encerramento de serviços de saúde e comércio.

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