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EUA pressionam Moscovo e Kiev a aceitarem acordo de paz

Os Estados Unidos pediram que a Rússia e a Ucrânia aceitem a sua proposta de paz, numa reunião do Conselho de Segurança da ONU em que as duas nações se culparam pela continuidade da guerra. 

O representante norte-americano, John Kelley, instou, na terça-feira, a Rússia e a Ucrânia a aceitarem a proposta de Washington e lembrou que o Presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, pediu a Moscovo que interrompesse os ataques e “encerrasse imediatamente a guerra”.

“Se ambos lados estiverem prontos para acabar com a guerra, os EUA apoiarão totalmente o caminho para uma paz duradoura”, acrescentou Kelley, citado por Notícias ao Minuto. 

A vice-ministra dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Mariana Betsa, denunciou perante o Conselho de Segurança que Moscovo lançou 8 500 bombas contra o seu país desde Março, quando os EUA propuseram um cessar-fogo total, e afirmou que o “ponto de partida” para a paz seria justamente essa trégua.

A vice-ministra acrescentou ainda que a Ucrânia quer a paz, mas “não a qualquer preço”, “nunca reconhecerá os territórios ocupados” como russos, não aceitará “nenhum estrangeiro” no comando das suas Forças de Defesa, e não permitirá que a sua soberania ou políticas sejam restringidas, incluindo “as alianças” das quais deseja participar.

Por sua vez, o embaixador russo na ONU, Vasily Nebenzya, disse que a convocação da reunião do Conselho de Segurança pelos “patrocinadores europeus” de Kiev reflete o seu “medo de ficar de fora diante da nova administração dos EUA, que busca uma solução” para o conflito.

Nebenzya acusou Kiev de sabotar a moratória de 30 dias, “escalar o conflito e rejeitar propostas de paz equilibradas dos EUA”, enquanto Moscovo continua a manter negociações sobre “os contornos do plano de paz”.

A reunião de terça-feira foi convocada pela França e presidida pelo ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Noel Barrot, que pediu um cessar-fogo abrangente e denunciou o ataque russo de 24 de Abril contra Kiev, um dos piores desde o início da guerra, que deixou 13 mortos e cerca de 90 feridos.

Já a secretária-geral adjunta da ONU para os Assuntos Humanitários, Joyce Msuya, afirmou que, até ao momento, “não se passou um único dia neste ano sem que civis tenham sido mortos ou feridos em ataques”.

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