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Águas estagnadas preocupam no bairro de  Matlemele 

Há famílias que continuam a viver em casas alagadas, no bairro de Matlemele, no município da Matola, há mais de um ano. A escola primária de Mathemele abandonada, por conta deste problema, está a dar origem ao surgimento de cobras e ratos que, segundo os moradores, são causados por um pantano.

O recinto da Escola Primária de Matlemele, no município da Matola, está todo alagado. 

O lugar que deveria estar preenchido por alunos foi tomado pelas águas e pelo capim alto e não há mais condições para estudar. 

Na companhia do seu encarregado de educação, Aston Alexandre observava e recordava-se do tempo em que tudo estava bem.   

“Aqui nesta escola nós estudávamos sentados nas carteiras, sinto muitas saudades, eu estudava numa das salas bem aqui. Em 2022 a água começou por cima e desceu até aqui na escola”, explicou. 

Horácio Arone disse que a escola está, nestas condições, desde o ano passado. De lá para cá, o local foi abandonado. 

Devido ao problema, teve de transferir alguns dos seus educandos.  

“As minhas filhas estudavam aqui, mas quando notei que o cenário estava cada vez mais complicado tive que fazer transferência para Matola e agora vivem com os avós”, referiu. 

Por que o local não está em condições, mais de quatro mil alunos passaram a estudar  nestas salas improvisadas, no aterro de Matlemele, em 2024.

Por aqui, as salas são feitas de chapas de zinco, o chão não está pavimentado e não há vedação, facto que compromete o processo de ensino e aprendizagem. 

“Claro que afecta as aulas, se chove há pausa nas aulas e os objectivos nao sao alcançados no referido dia”, explicou um dos professores. 

A solução para os alunos da EPC de Matlemele está nesta infra-estrutura, cujas obras estão em curso. 

Enquanto isso, os moradores das proximidades continuam na incerteza, no meio da água. 

Algumas das casas foram abandonadas pelos proprietários, que agora vivem da boa-vontade da vizinhança ou em casas arrendadas. 

“Estamos a sofrer por conta da água. Aqui onde estamos, nós pedimos para viver, mas é um lugar com água. Lá dentro está molhado, está cheirar, tem mosquitos, estamos a sofrer. Não temos casas-de-banho, tal como vês, estamos a sofrer.”, explicou Marta Simone. 

Outra preocupação é que as águas estagnadas estão a dar lugar ao surgimento de pantano e com ele, as cobras. 

Sem gravar entrevista, o secretário do bairro de Matlemele avançou que até o mês de Março do ano passado, mais de 600 famílias viviam no meio da água. 

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