Chapo ouve população de Catandica e promete soluções concretas para os desafios locais

O Presidente da República, Daniel Chapo, reiterou esta terça-feira o seu compromisso com uma governação próxima do cidadão, durante um comício popular em Catandica, sede distrital de Báruè, na província de Manica. No encontro, o Chefe de Estado ouviu atentamente as preocupações da população local e garantiu que estas serão transformadas em instrumentos de governação para a melhoria das condições de vida.
A visita de trabalho à província de Manica insere-se no esforço de acompanhamento directo dos programas de desenvolvimento e no reforço da governação participativa. “Quando tomámos posse, dissemos que iríamos fazer uma governação mais próxima do povo. E isso significa sair do gabinete, vir ao encontro do povo e ouvir as suas preocupações”, afirmou o Presidente.
Durante o comício, os residentes de Catandica reconheceram os esforços do Governo nos primeiros 100 dias de mandato, destacando a liderança de Chapo como comprometida com o bem-estar da população. A comunidade apelou à construção de mais escolas, centros de saúde, estradas, sistemas de irrigação e à mecanização agrícola, com vista ao aumento da produção e à melhoria do escoamento dos excedentes.
O estadista moçambicano reforçou a importância do diálogo inclusivo e da confiança nas instituições eleitorais, usando o futebol como metáfora para apelar à serenidade: “As eleições deviam ser como um jogo de futebol. Na política não há inimigos. […] Quem diz que uma equipa ganhou não é a própria equipa, mas um árbitro. […] Acabou o jogo, as equipas cumprimentam-se e ficam à espera de outro jogo”.
Chapo condenou também os actos de violência, vandalismo e sabotagem de infra-estruturas públicas e privadas registados após as eleições gerais de 2024. “Quando destruímos um sistema de abastecimento de água, quem vai precisar amanhã somos nós. As manifestações violentas, criminosas e ilegais não ajudaram a ninguém”, alertou.
O Presidente sublinhou ainda que a paz, a unidade nacional e a reconciliação são essenciais para o progresso do país. “A violência gera violência, o ódio gera ódio. Temos que semear a paz, o perdão e a reconciliação. Não há desenvolvimento sem paz e segurança”, frisou, apelando ao envolvimento de todos os cidadãos na manutenção de um ambiente favorável ao crescimento.
No seu discurso, destacou os ganhos obtidos ao longo dos 50 anos da independência nacional, referindo que esses avanços devem ser valorizados e protegidos. Enfatizou também que o desenvolvimento depende do trabalho árduo e do compromisso colectivo. “Não temos como desenvolver Moçambique sem trabalho”, declarou.
Segundo o Presidente, esse esforço não se limita ao emprego formal. “O trabalho não é só onde há patrão e empregado. É também trabalhar a terra, produzir alimentos, vender parte e guardar outra parte”, disse, promovendo a auto-suficiência alimentar como base da soberania e desenvolvimento económico.