Governo diz que não há surto de Tifoide em Nampula

Há falsos diagnósticos da Febre Tifoide na Província de Nampula, obtidos através do exame de sangue conhecido por teste de Widal. O ministro da Saúde promete banir imediatamente o uso do método no país. Ussene Isse assegura que não há níveis altos de Febre Tifoide em Nampula.
A província de Nampula soou um alerta para um suposto surto da Febre Tifoide, que se alegava afectar cerca de 40 por cento da população da província, um diagnóstico objectivo maioritariamente nas clínicas privadas.
Nesta quarta-feira, em sede do Parlamento, o Ministro da Saúde desdramatizou a situação por muitos considerada crítica.
“O grande problema da Febre Tifoide está no diagnóstico. O que está a acontecer na província de Nampula está a usar o teste que é chamado teste de Widal. O teste de Widal dá falsos positivos. Quando analisamos pelo teste de Vidal 40% da população de Nampula tem febre tifoide. Significa que tem bactéria mas não tem doença. São portadores assintomáticos, mas quando usamos o gold standard, aquilo que é o método recomendado internacionalmente, a prevalência é de 1.3. De 40 com o teste rápido e 1.3 com o teste apropriado”, explicou.
Ussene Isse fala de Banir o método de diagnóstico:
“O Ministério da Saúde vai desencorajar o uso do teste de Vidal na República de Moçambique. Será banido este teste porque este teste está a dar falsos positivos, para dar falso alarme. Em Nampula não há prevalência muito alta de febre tifoide, mas há portadores assintomáticos. Se eu fizer um teste aqui de fezes, há muitos de nós aqui, teremos também lá a febre tifoide connosco, mas estamos aqui doentes”, desafiou aos deputados.
O Governante respondia a uma pergunta dos deputados, que aliás fizeram várias outras. A solução para a aparente crise de combustíveis é uma delas.
“Embora o país tenha reservas suficientes de combustíveis, a escassez dos postos de abastecimento deve-se a questões de ordem logística, de fornecimento de combustível, bem como a necessidade de garantias bancárias para libertar o produto dos armazéns aduaneiros.
Existe um mecanismo de importação, todavia, temos dependência de combustíveis fósseis, pelo que é necessária a tomada de medidas que promovam o uso de outro tipo de combustíveis, como, por exemplo, o gás natural”, explicou Basílio Muhati, ministro da Economia.
Por sua vez, a ministra da Educação subiu ao pódio para defender que não há novo regulamento que exclua a avaliação quantitativa.
“Os nossos alunos tiveram uma avaliação qualitativa, o que significa? Ficou na décima primeira o aluno aprovou, e depois não teve nota, aprovou, e na décima segunda realizou o exame e teve as notas. Eles estão a estudar fora do país. Os alunos que estudaram anteriormente no país tiveram notas, portanto, nas diferentes classes, incluindo, claro, a classe de exame, que é a terminal de cima. E as universidades começaram a questionar, por que é que não tiveram nota na décima primeira classe? Então, nós, daquele documento, exatamente, os pais nos procuraram e disseram que há este problema. Em vez de responder só ao caso dos alunos que estavam a estudar na Espanha, especificamente, que tiveram esse problema, introduzimos aquele instrumento que é uma explicação do assunto pontual que aconteceu em 2020, a explicarmos que em 2020, efetivamente, os alunos dos diferentes, nós falamos basicamente dos diferentes subsistemas, estávamos a falar, e também do ensino, estamos a falar da alfabetização, estamos a falar do ensino primário, do ensino secundário, em relação às classes que não eram de exame, tiveram uma progressão qualitativa”.
O decreto do ministério da educação surge em resultado de, em 2020, durante a COVID-19, alunos terem progredido sem notas quantitativas.