Oradores da MozTech consideram que todos se devem preocupar com a cibersegurança

“Cibersegurança: detenção inteligente de ameaças – antecipar para proteger” foi um dos temas tratados no segundo dia da MozTech – Feira de Tecnologias de Mocambique”. Na Arena 3D, KaTembe, Cidade de Maputo, os oradores convidados concordaram com a tese de que a cibersegurança é um tema sério e que exige um policiamento de todos
Elizabete Barros Moreira, especialista em cibersegurança, esclareceu que, em geral, os utilizadores de internet encontram-se numa fase de ganhar maturidade. Ainda assim, a painelista acredita que, com o tempo, será possível dar orientações pragmáticas às instituições e aos cidadãos e neles incutir responsabilidades que não devem ficar dependentes da regularização.
No entendimento de Elizabete Barros Moreira, por enquanto, a cibersegurança é vista como uma despesa para as instituições. No entanto, esclareceu, investir na cibersegurança é optar pela confiança dos clientes. Logo, reforçou, a cibersegurança vai muito além de um conjunto de equipamentos. Mais do que máquinas e inovações tecnológicas, a harmonia entre as pessoas, as tecnologias e os processos determinam a eficiência e a eficácia da preservação ou protecção dos dados. Pelo que o reforço nos mecanismos de vigilância da infra-estrutura de segurança é indispensável.
Para os oradores da Feira de Tecnologias de Moçambique, a questão da cibersegurança deve começar na escola. A educação e a monitoria devem ser privilegiados por todos. Também por isso, Miceles Chemane, do Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique (INCM) revelou que a instituição que representa se encontra a elaborar estratégias para a sensibilização do cidadão.
Neste momento, disse Miceles Chemane, o INCM trabalha com a Procuradoria-Geral da República (PGR), rumo à definição de instrumentos legais capazes de servirem os tribunais na penalização dos praticantes de crimes cibernéticos.
No debate aberto ao público, Chemane revelou ainda que há iniciativas criadas para apoiar os estudantes. Por exemplo, uma incubadora para apoiar tecnologias inovadoras. Recentemente, frisou, houve o lançamento de um concurso para o efeito e o INCM está a receber propostas de todos os interessados. O objectivo é a capacitação de mais quadros e o alcance de mais soluções tecnológicas.
Para o especialista em cibersegurança Jacob O’brien, a prevenção de crimes cibernéticos também depende da actualização contínua dos sistemas.
Outro aspecto defendido no painel tem a ver com a motivação dos estudantes, pois, com efeito, poderão reivindicar para si o interesse de frequentar cursos online sobre cibersegurança.