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Chapo quer maior investimento no sector ferroviário 

O Presidente da República diz que é preciso que a ferrovia reassuma o seu papel central no transporte de carvão. Daniel Chapo defende que é preciso acelerar as mudanças estruturais para elevar a eficácia da componente ferroviária e impulsionar maior competitividade no Corredor de Maputo. 

O Chefe do Estado inaugurou, nesta sexta-feira, o novo edifício sede da Grindrod Moçambique, infra-estrutura erguida no âmbito da expansão do Terminal de Carvão, no Porto da Matola. Durante o seu discurso, Daniel Chapo afirmou que a construção do edifício vai elevar a importância geoestratégica do Corredor de Maputo, para a região austral do continente, a SADC.

“O investimento agora lançado, na ordem de 80 milhões de dólares, para ampliação do Terminal de Carvão, neste Porto de Matola, irá permitir o crescimento da capacidade terminal de carvão de Matola, dos actuais 8 milhões de toneladas para 12 milhões de toneladas anuais, num horizonte de dois anos”, afirmou.

Chapo avançou ainda que a expansão do terminal portuário da Matola vai permitir o aumento das áreas de estocagem no terminal, a extensão de tapetes rolantes e a instalação de novos equipamentos de carregamento. 

O governante lembrou ainda que o Terminal de Carvão da Matola é uma infra-estrutura ferroviária e, por isso, “não é aceitável que estejamos, hoje, a assistir a um crescimento de transporte rodoviário de carvão e magnetite, dois produtos que sempre tiveram ferrovia como meio de transporte natural”. 

O Presidente da República garantiu que vai continuar a investir na ferrovia, para reduzir o número de camiões a transportar carvão e magnetite. 

Chapo apelou ainda a melhorias na cadeia de logística, para que o investimento feito tenha um retorno positivo para os investidores. 

“Esta expansão deve ser complementada pela elevação de eficiência operacional das nossas ferrovias, a gestão de fronteiras, que é extremamente importante para a eficiência logística, a tramitação aduaneira, que deve ser eficiente, e os serviços logísticos dentro de padrões de previsibilidade exigidos pelo mercado regional e internacional”, sublinhou.

Chapo augurou que o desenvolvimento portuário que o país regista seja acompanhado pela criação de empregos para a juventude, rendas para as famílias e mais receitas para o cofre de Estado.  

“Ao sector privado, cabe a responsabilidade de transformar essas condições em progresso real, com inovação, criatividade, responsabilidade, competência e visão de médio, curto e longo prazo”, advertiu.

 

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