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Rebeldes do M23 executam civis no Congo, segundo Human Rights Watch

Rebeldes do M23 na República Democrática do Congo (RDC) executaram, pelo menos, 21 civis em dois dias em Fevereiro, na cidade oriental de Goma, informou a Human Rights Watch em um relatório publicado na terça-feira, citado por Reuters.

O relatório cobre incidentes ocorridos nos dias 22 e 23 de Fevereiro em Goma.

Rebeldes do M23 tomaram as duas maiores cidades do leste do Congo, Goma e Bukavu, em uma ofensiva iniciada em Janeiro. O avanço sem precedentes matou milhares de pessoas e forçou centenas de milhares a fugir.

Os 21 civis mortos incluíam seis homens e uma mulher baleados na cabeça perto do acampamento militar de Katindo, em Goma, a 22 de Fevereiro. A Human Right Watch disse que o M23 era o responsável, citando uma testemunha.

Em outro incidente, o M23 matou pessoas e atirou os seus corpos em um canteiro de obras a menos de 100 metros do acampamento. Entre elas, estava um jovem de 15 anos que foi retirado de casa e posteriormente encontrado morto no local, informou a HRW, citando um parente e um vizinho.

A violência, segundo o relatório, continuou no bairro um dia depois, em 23 de Fevereiro, quando o M23 prendeu cerca de 20 jovens em um campo desportivo próximo.

Uma testemunha contou à HRW que os rebeldes acusaram os jovens de serem membros do exército. Três que tentaram fugir foram baleados.

Outras organizações já relataram crimes graves cometidos no leste do Congo desde que o M23 tomou grandes áreas do território.

Em Março, a Amnistia Internacional afirmou que rebeldes invadiram hospitais em Goma para atender soldados congoleses feridos e levaram 130 pessoas, incluindo cuidadores. Muitas foram torturadas e algumas ainda estão desaparecidas.

O UNICEF relatou um aumento de cinco vezes nos casos de violência sexual atendidos em 42 centros de saúde no leste do RDC em Fevereiro, descrevendo-os como a pior violência sexual já vista no país em anos. Quase um terço das vítimas eram crianças, informou o UNICEF.

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