Zuma perde tentativa de retirada de acusações de corrupção em venda de armas

Um juiz do tribunal superior da África do Sul rejeitou, na terça-feira, um pedido do ex-presidente sul-africano, Jacob Zuma, para encerrar seu julgamento por corrupção, segundo escreve a African News.
Zuma, juntamente com a empresa francesa Thales, está a enfrentar acusações que incluem corrupção, lavagem de dinheiro e extorsão. As acusações remontam a um acordo de armas multibilionário em 1999.
O ex-presidente e a empresa francesa solicitaram a retirada de todos os pedidos, alegando que atrasos repetidos e a morte de duas testemunhas prejudicaram irreparavelmente seu direito a um julgamento justo.
Contudo, o juiz explicou que, embora não quisesse atribuir culpas, o Estado argumentou que os atrasos foram causados, em grande parte, pelo ex-presidente e, em menor grau, pela empresa francesa.
Zuma e Thales foram acusados pela primeira vez há mais de uma década, e o caso sofreu inúmeros adiamentos, contestações legais e disputas processuais.
O Estado declarou que estava pronto para julgamento há quatro anos, mas o caso foi adiado desde então por repetidas tentativas fracassadas de Zuma de forçar a remoção de um promotor importante, Billy Downer.
Sua equipe jurídica argumentou que Downer não tinha a independência e a imparcialidade necessárias para a acusação.
Zuma era vice-presidente na época do infame acordo de armas. Entre as 18 acusações que enfrenta estão fraude e evasão fiscal ligadas ao seu suposto relacionamento corrupto com seu ex-consultor financeiro, Schabir Shaik.
Shaik foi considerado culpado em 2005 por duas acusações de corrupção e uma de fraude. O caso de corrupção contra Zuma e Thales foi adiado para 4 de Dezembro.