Educação na CPLP deve responder aos desafios actuais e futuros da juventude

A educação deve responder aos desafios que a juventude enfrenta, com destaque para a sua empregabilidade, o que implica o desenvolvimento de sistema educacionais que empoderem a juventude com o saber, saber ser, saber estar e saber fazer, de modo que sejam agentes activos da sua própria empregabilidade, defendeu Edson Macuacuá, Secretário de Estado da Ciência e Ensino Superior.
Falando na XIII Reunião dos Ministros de Educação dos Países Membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Edson Macuacuá considerou que “a sociedade global vive hoje o chamado “mundo do VICA” (volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade), onde a educação é chamada a dar resposta a desafios actuais decorrentes das mudanças climáticas, revolução tecnológica, do terrorismo, da pobreza, da globalização, paradoxalmente confrontada com a crise do multilateralismo e, sobretudo, para que os jovens não caiam nos males da chamada ética pós verdade caracterizada por uma tendência de crise e inversão de valores”.
No domínio da educação, os países membros da CPLP têm o desafio de garantir o acesso universal à educação como um direito fundamental, a contínua melhoria da qualidade de ensino, a melhoria das infra-estruturas escolares e das condições de ensino e aprendizagem e do acesso e uso das tecnologias digitais no processo educacional, disse o dirigente.
Na reunião que decorreu em São Tomé, sob o lema “Empoderar a Juventude através da Educação”, o Secretário de Estado da Ciência e Ensino Superior disse que “só com uma educação, social e economicamente relevante é que se pode empoderar os jovens habilitando-os para enfrentarem desafios concretos do presente e do futuro com vista a assegurar a sustentabilidade das nações constituídas por uma população maioritariamente jovem”.
E falou da necessidade de aprofundar cada vez mais a cooperação entre os países da CPLP no domínio da educação para que impulsione o desenvolvimento de uma diplomacia científica, que fortaleça os sistemas de educação no sentido de formarem um “capital humano preparado para enfrentar os desafios do presente e do futuro, com destaque para as mudanças climáticas, a pobreza, o crescimento demográfico e a empregabilidade dos jovens”.
Para o alcance desse propósito, Edson Macuacuá considerou ser fundamental que os países continuem a trabalhar juntos, coordenados e harmonizados.