Torna-se o Diálogo das Civilizações numa Ponte para Reforçar a Amizade entre a China e Moçambique

No passado dia 10 de junho, celebrou-se o primeiro Dia Internacional do Diálogo entre Civilizações das Nações Unidas. Em 15 de março de 2023, Xi Jinping, Secretário-Geral do Comité Central do Partido Comunista da China (PCCh) e Presidente da República Popular da China (RPC), apresentou a Iniciativa para a Civilização Global pela primeira vez ao mundo. Em 2024, com base na proposta de 83 países, a 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas adotou por unânime a designação de 10 de junho como o Dia Internacional do Diálogo entre Civilizações.
Em 10 de Junho, por ocasião do primeiro Dia Internacional do Diálogo entre Civilizações, S.E. Wang Yi, membro do Birô Político do Comité Central do PCCh e Ministro dos Negócios Estrangeiros da China proferiu um discurso salientou que, enfrentando o grande impato provocado pelas grandes mudanças nunca vistas em um século, o valor da civilização nunca foi tão proeminente. A interação entre as civilizações é crucial e o diálogo entre as civilizações é oportuno. O diálogo entre civilizações é um laço de paz, uma força motriz para o desenvolvimento e uma ponte de amizade. A China propôs que cada país deve ser um defensor da igualdade das civilizações, respeitando o caminho de desenvolvimento e o sistema social escolhidos de forma independente pelos povos de todos os países. Deve ser um praticante dos intercâmbios civilizacionais, reforçando os intercâmbios e a aprendizagem mútua e absorvendo sabedoria para resolver as questões globais através do diálogo civilizacional. Deve ser um promotor do progresso das civilizações, construindo uma comunidade com o futuro compartilhado que engloba diferentes civilizações.
O diálogo entre civilizações é um requisito inelutável para consolidar a confiança mútua política China—Moçambique.
No mundo atual, os múltiplos desafios e crises estão interligados e sobrepõem-se, a economia mundial está a lutar para recuperar, o fosso de desenvolvimento tem aumentado e a mentalidade da guerra fria está em prevalência. A sociedade humana encontra mais uma vez na encruzilhada da história. O Secretário-Geral Xi Jinping salientou que, numa altura em que o futuro e o destino de todos os países estão intimamente ligados, a coexistência inclusiva de diferentes civilizações, bem como os intercâmbios e a aprendizagem mútua, desempenha um papel insubstituível na promoção da modernização da sociedade humana e da prosperidade do jardim civilizado do mundo. Através do diálogo das civilizações, a China e Moçambique podem continuar a construir os alicerces da confiança mútua, apoiar-se mutuamente nas questões relacionadas com os interesses fundamentais de cada um, opor-se ao unilateralismo e aos atos hegemónicos, salvaguardando conjuntamente os direitos e interesses legítimos do Sul Global.
O diálogo entre civilizações é uma via inevitável para aprofundar a cooperação pragmática China—Moçambique.
O diálogo entre civilizações é um pré-requisito e uma força motriz para o desenvolvimento. A antiga Rota da Seda testemunhou os intercâmbios e a aprendizagem recíproca entre as duas grandes civilizações da China e de África. Hoje em dia, a construção de alta qualidade da “Cinturão e Rota” tornou-se num novo elo para promover intercâmbios amigáveis entre a China e Moçambique. A apreciação mútua entre as civilizações chinesa e moçambicana promoveu os frutos da cooperação pragmática China-Moçambique. A China tornou-se atualmente o segundo maior parceiro comercial, a segunda maior fonte de importações e o segundo maior destino de exportações de Moçambique. Durante a Cimeira de Beijing do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC), no ano passado, a China anunciou tratamento tarifa zero a 100 por cento dos produtos moçambicanos exportados para a China, o que promoverá vigorosamente o desenvolvimento socio-económico de Moçambique e beneficiará efetivamente os povos dos dois países. Além disso, uma série de infraestruturas emblemáticas de assistência chinesa, tal como o Centro Cultural Moçambique-China, simboliza a apreciação mútua das civilizações entre a China e Moçambique e da amizade eterna dos dois países.
O diálogo entre civilizações é uma forma necessária para intensificar o entendimento dos povos China—Moçambique. Com a compreensão interpessoal, os povos podem expressar as suas opiniões e ser beneficiados. A ligação entre corações do povos contituem o canal mais básico, sólido e duradouro para o desenvolvimento sustentável da parceria de cooperação estratégica global entre os dois países. Já há mais de 600 anos, o navegador Zheng He realizou sete expedições marítimas de longa distância, tendo chegado até à atual Província de Sofala, em Moçambique, o que abriu o prefácio dos intercâmbios interpessoais entre a China e Moçambique. Desde o século XIX, o primeiro grupo dos chinesas embarcou na Ilha de Moçambique como trabalhadores, têm-se integrado na sociedade local, contribuindo para o desenvolvimento socio-económico de Moçambique. O ano corrente marca o 80º aniversário da vitória na guerra mundial antifascista. A amizade entre os povos da China e de Moçambique foi forjada na luta contra o imperialismo e o colonialismo e pela libertação política de Moçambique, tem sido consolidada no processo de construção dos respetivos países, e será certamente aprofundada na coexistência inclusiva e aprendizagem mútua entre as civilizações da China e de Moçambique.
Todo o passado é um prelúdio do futuro promissor. A China está disposta a aproveitar o primeiro Dia Internacional do Diálogo entre Civilizações e o 50º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre China-Moçambique como uma oportunidade para trabalhar com a parte moçambicana no sentido de reforçar os intercâmbios e as cooperações interpessoais, bem como construir uma rede de diálogo entre civilizações China-Moçambique, fazendo com que o diálogo das civilizações se torne numa ponte para reforçar a amizade China-Moçambique, e que as flores das civilizações sino-moçambicanas floresçam no jardim das civilizações mundiais.