FMF e FIFA formam árbitras de nível internacional

Vinte e quatro árbitras nacionais participam no curso da FIFA que vai elevar o seu nível para ajuizarem jogos internacionais a partir deste ano. A Comissão Nacional de Árbitros de Futebol espera que seja bem aproveitado pelas juízas moçambicanas.
São, ao todo, nove árbitras do centro e 15 assistentes que, durante uma semana, vão receber conhecimentos sobre as novas técnicas de arbitragem, com vista a terem nível para ajuizar jogos internacionais sob égide da FIFA.
Francisco Machel, presidente da Comissão Nacional de Arbitragem de Futebol, apelou para que as árbitras aproveitem a oportunidade ao máximo, para adquirirem conhecimento a ser implementado durante a sua acção em campo.
“Nós temos muitas árbitras neste país que estamos a começar a formar. Nós aqui temos árbitras da primeira liga, que já têm experiência. Outras são mesmo da FIFA. Outras estão a apitar nos campeonatos provinciais. Para dizer que todas as árbitras que nós temos aqui estão no activo e estão a correr. O que nós temos é desejar um empenho muito grande para vocês. O que nós pretendemos de facto é que vocês valorizem esta formação. Então, sobretudo, tenham uma boa conduta nos vossos trabalhos que vão ter aqui com os nossos instrutores”, recomendou Francisco Machel.
Os instrutores que vão transmitir os conhecimentos, tanto da parte técnica e táctica, bem como da prática, falam da importância da acção de formação e dos ganhos para as árbitras moçambicanas que participam.
“Este curso é um trabalho muito importante, como o senhor presidente disse, que o nível é todo para a preparação ao nível da arbitragem em Moçambique. Vai ser uma semana com muito esforço, espero que pelo lado da FIFA seja um prazer estar presente, porque a FIFA faz o máximo possível para tentar ajudar a arbitragem à volta do mundo. Isto é um país, mas é importante para o nosso continente também”, comentou Paulo Marques, instrutor da FIFA.
Marques não deixou de agradecer à Federação Moçambicana de Futebol por ter a possibilidade de fazer este curso pela FIFA, e disse que “estamos dispostos sempre a ajudar Moçambique e a arbitragem”.
A Federação Moçambicana de Futebol destaca a prontidão da FIFA em garantir mais conhecimentos às árbitras moçambicanas, considerando que vai ser essencial para o crescimento do futebol nacional.
“Os nossos agradecimentos como federação por estarem aqui e porque nós também entendemos que a arbitragem feminina é extremamente importante para o desenvolvimento do futebol moçambicano. A FIFA desde a primeira hora, já há várias décadas que tem estado perto de nós na arbitragem e nas outras áreas que nós temos tido a cooperação com a FIFA. Por isso é que o Presidente Machel disse muito bem que ele foi treinado pela FIFA. Agora estamos a ter árbitras a serem formadas pela FIFA, jovens”, frisou Amir Gafur, vice-presidente da Federação Moçambicana de Futebol, destacando ainda que “a Federação Moçambicana de Futebol tem abraçado o futebol feminino com uma certa força”.
O dirigente federativo não deixou de agradecer à FIFA e às árbitras pela disponibilidade em realizar e participar no curso. “Queria agradecer aqui a FIFA, os instrutores da FIFA, que é um parceiro que sem ele o futebol moçambicano não se desenvolve. Portanto, FIFA, muito obrigado por estarem mais uma vez a apoiar neste curso de árbitros de futebol”, disse Gafur.
As árbitras em formação, oriundas de todas províncias do país, esperam aumentar seu conhecimento e esperam que seja um ganho para o futebol moçambicano.
“O curso é mais valia para as árbitras FIFA e as novas porque aqui tratamos das novas leis, pois a FIFA a cada ano tem mandado novas leis, este curso é uma reciclagem importante sobretudo quando se trata da arbitragem feminina. É um grande ganho para o nosso futebol. é muito bom porque é pela primeira vez aqui em Moçambique temos este curso principalmente porque abrange apenas as mulheres”, referiu Novo.
“A mulher na sociedade é o elo mais fraco, mas através deste curso que a FIFA implementou neste ano, sei que aqui as mulheres vão crescer e terão mais força para engrenar na arbitragem feminina”, comentou Nelsa Jeque.
Para além das árbitras serão formadas ainda três instrutoras técnicas e três instrutores homens, dos quais dois estrangeiros.