Henrique Aly: “A qualidade de Moçambique tem que estar lá”

A selecção nacional de futebol defronta, hoje, pelas 23 horas de Maputo, a Argélia, em jogo da sexta jornada do Grupo G de qualificação para o Mundial 2026, partida na qual o jornalista da Super Sport, Henrique “Alito” Aly, diz que os Mambas devem ser coesos, solidários e explorarem os erros do adversário, para alcançarem um bom resultado.
Não é propriamente um jogo decisivo nas contas de qualificação para o Mundial 2026, até porque marca apenas o arranque da segunda volta do grupo G desta corrida para o evento a realizar-se nos EUA, México e Canadá.
É, antes de tudo, uma partida que pode definir a liderança isolada e colocar o vencedor da mesma em boa posição, nos restantes duelos que marcam esta campanha.
Argélia e Moçambique travam argumentos, no Estádio Hocine Ait Ahmed, em Tizi Ouzou, naquele que será o terceiro jogo entre as duas selecções no seu historial de confrontos. Na primeira volta, a 19 de Novembro de 2023, os argelinos venceram por 2-0, com os tentos a serem apontados por Chabi (69′) e Zerrouk (84′).
Na antevisão desta partida, o jornalista da Super Sport, Henrique Aly, defende que os Mambas devem ser solidários, coesos e capitalizar os erros do adversário.
“Em termos de factores que podem ser decisivos neste jogo, destaco, desde logo, a qualidade. A qualidade da selecção de Moçambique tem que estar lá. Depois, a competência. A competência é nos apercebermos onde estão as nossas virtudes e as nossas limitações, e trabalharmos em torno destes dois segmentos para termos um conjunto mais coeso, mais forte, mais compenetrado possível daquilo que é a sua missão. A missão é travar uma selecção da Argélia que é, teoricamente, mais forte. Como é que se faz isso? Faz-se isso potenciando-se ao máximo aquilo que são as capacidades dos atletas que vão ser escalados por Chiquinho Conde, isto em função das características do adversário e em respeito aquilo que são as próprias características da selecção de Mocambique”, notou Aly.
Mesmo com grande cotação, que se traduz em quatro presenças no Mundial (1982, 1982, 2010 e 2014), há sinais evidentes de respeito por parte dos argelinos aos Mambas. De resto, sustenta Henrique Aly, a Argélia desloca este jogo para cerca de 100 km para uma cidade que é casa do Jeunesse Sportive de Kabylie, o maior campeão da argelino com 14 títulos. Tem um estádio com capacidade para pouco mais de 50 mil espectadores e, aquilo que se sabe , é que esta é uma zona da Argélia onde o futebol é vivido de uma forma muito mais apaixonada, intensa e cultuada do que noutros pontos da Argélia, incluindo a capital Argel”.
A deslocação deste duelo para um palco com estas características, refere, “é justamente para tentar criar, aqui, um factor de maior intimidação à selecção de Moçambique”.
Os argelinos, argumenta, “reconhecem que, neste momento, Moçambique já não é um adversário e terá observado que a selecção nacional evoluiu”.
“Estamos a falar de uma selecção de Moçambique que tem mostrado sinais de evolução, desde a campanha de apuramento ao CAN anterior, até esta fase de acesso ao Mundial, onde contabiliza apenas uma derrota em cinco jogos. Está a co-liderar o grupo com a Argélia e esta já se apercebeu que a selecção nacional pode criar dificuldades, e começa com esta estratégia interessante de deslocar o jogo para um palco onde haverá um ambiente mais hostil”, acresceu.
O jogo Argélia – Moçambique está agendado para as 23 horas de Maputo.