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Junta militar do Mali suspende actividades partidárias 

As autoridades do Mali suspenderam as actividades dos partidos políticos. A situação coloca o general Assimi Goïta, actual presidente de transição, numa pretensão de pretender continuar no poder até 2030, sem realizar eleições.

A decisão surge poucos dias depois de um grupo de partidos políticos e organizações civis contestarem a demora na realização de eleições e o prolongamento da transição militar no poder.

Entre as decisões da Junta Militar do Mali está a revogação da lei que regula os partidos políticos, aprovada em 2005.  Também foram aprovadas novas regras para a formação, financiamento e direcção dos partidos políticos.

 A decisão foi aprovada numa conferência nacional organizada pelas próprias autoridades do Mali e boicotada pelas principais forças de oposição.

Um dos motivos para o boicote tem a ver com o receio de que a Junta Militar, no poder às cinco anos, pode estar a dar sinais claros de que pretende governar até 2030, sem eleições.

Segundo a imprensa internacional, as autoridades do Mali justificaram que a suspensão das actividades dos partidos políticos tem como objectivo preservar a ordem pública, numa altura em que o país vive um clima crescente de tensão política e social.

A ONU, a CEDEAO e a União Africana já expressaram preocupação com a suspensão das actividades dos partidos políticos no Mali e apelaram ao respeito pelos direitos civis e políticos dos cidadãos.

 

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