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Ex-guerrilheiros da Renamo exigem saída de Ossufo Momade 

Um grupo de ex-guerrilheiros da Renamo está acampado desde ontem na sede nacional do partido, em Maputo, para exigir a saída da direcção liderada por Ossufo Momade. Os indivíduos são provenientes de todo o país.

Depois de encerrarem quase todas as delegações províncias, exigindo a saída da actual liderança do partido, um grupo composto por ex-guerrilheiros da Renamo está acampado na sede da formação política, em Maputo, e mais uma vez exigem a saída de Ossufo Momade e a direcção por si liderada.

“Está mal, essa é a razão pela qual estamos aqui. A vida está mal, o partido está  a ir falência, porque na Renamo há dois grupos, um dos combatentes e membros pobres que querem resgatar os ideais de Afonso Dhlakama, mas há um outro grupo de bem vestidos e académicos, que não têm nenhum interesse no partido, só querem ter algo no fim do mês para alimentar a família. Então, são dois grupos  e nós lutamos com esses que querem destruir o partido”, afirmou João Machava, antigo guerrilheiro da Renamo. 

Os antigos guerreiros já avisam que caso Momade e os seus não abandonem a liderança, poderão invadir a sua residência para o forçar a abandonar o poder.

“Nós temos dois grupos de colegas que estão a vir das províncias. Há um grupos que vai chegar hoje, mas há outro do Niassa que, provavelmente, vai chegar amanhã.  Então, quando esses se juntarem a nós, vamos dividir o grupo em dois, um vai ficar aqui na sede e outro vai a casa dele, porque a ideia é de força-lo [Ossufo Momade] a demitir-se. Ele é general, é militar, é colega nosso, então teremos a mesma língua”, avançou Machava. 

As acusações à nova direção não param só na alegada má gestão do partido. Os antigos guerrilheiros dizem estar a ser alvos de perseguição e assassinatos. “Estamos perante um partido que tem esquadrões de morte (…) Nós combatentes da Renamo em Nampula estamos a ser perseguidos por grupinhos, que o senhor Ossufo montou”, partilhou Egar Silva, antigo guerrilheiro da Renamo.  

Acampados desde quinta-feira, o grupo diz que só sairá do local com uma resposta positiva das suas exigências. Os protestatários dizem não estar representados até pelos deputados na Assembleia da República.

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