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África Do Sul nega expropriação de terras, mas sim reforma

Alguns agricultores brancos sul-africanos dizem que há na África do Sul mais de 2.5 milhões de hectares agrícolas ociosos, pelo que o país não precisa de expropriação mas sim de reforma agrária para garantir que quem precisa de terra para produzir tenha acesso e até financiamento e treinamento.

Os Estados Unidos da América decidiram lançar uma ofensiva contra a África do Sul devido a alegada expropriação violenta da terra a farmeiros brancos, alguns dos quais foram esta semana recebidos como refugiados em Washington.

Esta semana o Governo sul-africanos respondeu com a realização desta mega feira agrícola em Free State que junta milhares de farmeiros, maioritariamente brancos que expõem o quão poderosa é a agricultura sul-africana. O movimento boer que apoia a reforma agrária diz que a África do Sul não precisa de expropriação de terras:

“Não precisamos da lei de expropriação, mas a lei precisa ser usada em muitas partes do país por razões legais, não precisamos de expropriar terras para fazer a reforma agrária. A reforma agrária é muito importante na África do Sul, mas temos mais de 800 reformas que não estão a ser usadas, temos mais de 2.5 milhões de hectares de terras agrícolas que não estão a ser usados neste momento, e se as pessoas querem fazer agricultura, precisam ser dadas terras agrícolas disponíveis, têm que ser dadas capital e treinamento. Eu acredito que o problema que nós como Movimento de Solidariedade sempre dizemos é que não temos pessoas que tentam fazer agricultura, não temos capital nem conhecimentos essenciais e acesso ao mercad”, disse Jaco Kleynhans.

O Vice-presidente da África do Sul visitou a feira e diz que negros e brancos trabalham juntos na África do Sul para o desenvolvimento do país e que esta exposição é disso exemplo. “Quando interagimos com os agricultores entendemos que eles tem seus próprios desafios que estão bem articulados, estão satisfeitos por ficar aqui e estamos satisfeitos por colaborar com eles, estamos satisfeitos por apoiá-los. Somos um povo feliz na África do Sul, temos nossos desafios mas resolvêmo-los. Encorajo a todos os sul-africanos que fiquem e trabalhemos juntos e construamos juntos este lindo país”, afirmou Paul Mashantile, Vice-Presidente da RSA.

Na próxima Quarta-feira o Presidente Sul-Africano Cyril Ramaphosa reune-se com o seu homólogo norte americano Donald Trump para discutir o tema e evitar que o país vizinho seja alvo de sanções por parte de Washington.

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