Banco Mundial defende aumento da produtividade para fazer frente a escassez de alimentos

O economista sénior para agricultura no Banco Mundial em Moçambique defende aumento da produtividade, melhoria de ambiente de negócios e tecnologia como bases fundamentais para que os países africanos, com destaque para Moçambique, saiam da escassez de alimentos e rume para o desenvolvimento.
O sector agrário tem conhecido grandes investimentos em Moçambique e o Banco Mundial é um dos grandes parceiros do Governo. Só nos últimos cinco anos, os investimentos rondaram a volta de 70,6 mil milhões de meticais, tal como consta do relatório balanço 2020-2024, publicado pelo então Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural.
O Banco Mundial esteve, esta semana, na Zambézia, para monitoria dos projectos agrícolas e outros projectos que estão a ser investidos. Por isso, aproveitamos para questionar o economista sênior do Banco Mundial para agricultura o porquê de Moçambique e vários países africanos continuam a apresentar déficit alimentar, com todos investimentos aplicados, terra arável e rios para irrigar os campos.
“A componente da produtividade é uma das prioridades. Moçambique é um dos casos em que a produtividade é reduzida. Por isso, é fundamental ver como melhorar a tecnologia.O segundo ponto tem que ver com sector Privado ver como podemos trabalhar melhor, para melhorar o ambiente de negócios, as políticas, infraestruturas para criar ambiente favorável para o desenvolvimento. As mudanças climáticas continuam um desafio para Moçambique”, disse economista sénior para agricultura no Banco Mundial em Moçambique.
Entretanto, os projectos do banco mundial estão a ser implementados em locais de difícil acesso, por causa do estado das estradas, o que, de certa forma, dificulta a conectividade para o escoamento.
Através do Mozrural, um mega projecto do Governo moçambicano, os financiamentos estão a ser aplicados na agricultura e infraestruturas, com destaque para estradas rurais, pesca, componentes de conservação e as pequenas e médias empresas na cadeia de processamento agropecuário.